Inclusão Escolar na RME:
Como qualificar os espaços de Inclusão Escolar nas escolas municipais?

Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva é uma marca da rede municipal de ensino (RME), e os responsáveis pela efetividade dessa ação, que garante o direito à educação às pessoas com deficiência, são os trabalhadores e trabalhadoras em educação das nossas escolas, que também ajudaram na formulação das políticas existentes e na elaboração da Resolução n º13/2013, do Conselho Municipal de Educação de Porto Alegre.

Assim, temos a Educação Precoce e a Psicopedagogia Inicial (EP e PI), para atendimento da Educação Infantil; as quatro escolas especiais de ensino fundamental, com atendimento exclusivo da modalidade; as Salas de Integração e Recursos (SIRs), em todas as escolas de ensino fundamental e de educação básica; a SIR do Centro Municipal de Educação dos Trabalhadores Paulo Freire, que atende à Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A EMEF de Surdos Salomão Watnick, que atende à comunidade surda. É claro, todas as escolas de educação infantil e de educação básica, onde todos os professores e professoras, nas salas de aula, fazem o atendimento às crianças e jovens com deficiência, nas classes comuns, com o apoio dos monitores e monitoras de inclusão. Com esses espaços, as escolas municipais recebem, ano a ano, um número cada vez maior de estudantes público-alvo da educação especial. No entanto, as condições de acessibilidade predial, de material e de recursos humanos estão piorando, anualmente.

Da mesma forma, os espaços qualificados de formação continuada são praticamente inexistentes. Ao invés de qualificar, através de investimentos públicos em serviço público, a prefeitura seguiu o modelo atual de desmonte, através de edital para parceria público-privada, que certamente vai intensificar o trabalho das escolas, ao mesmo tempo em que desqualifica a inclusão escolar atualmente ofertada.

O SIMPA e a ATEMPA estão juntos na resistência a esse desmonte. Neste sentido, convidamos a todas, todos e todes a participar da nossa Live, na qual vamos falar dos espaços de inclusão e da formação necessária para a qualificação destes espaços, na perspectiva de quem planeja e efetiva a inclusão escolar. “Nada sobre nós, sem nós” é o lema mobilizador do nosso debate, que tem como objetivo fazer um balanço da situação atual e apontar caminhos para sua a mpliação e qualificação.

Além disso, vamos atualizar o levantamento sobre a inclusão escolar na RME, conversando com todas as escolas, para fazer um acompanhamento crítico, no próximo ano, da inclusão escolar nas nossas escolas. Trabalhadores e trabalhadoras em educação são fundamentais nesse atendimento, mas nossa ação não é sacerdócio. Exigimos salários dignos, carreira, condições de trabalho e formação continuada, ofertada por instituições reconhecidas, como as nossas universidades.

E servidores e servidoras públicas, nas instituições públicas. Os escândalos vividos em Porto Alegre, envolvendo o gasto do dinheiro da educação, comprovam que existem recursos financeiros nos cofres públicos, que deveriam ser destinados para as políticas públicas, hoje canalizados para o setor privado. Vamos debater as políticas educacionais, exigindo nossa participação na sua formulação, execução, avaliação e reconstrução.

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) e a Associação dos Trabalhadores/as em Educação do Município de Porto Alegre (ATEMPA) convidam todas, todos e todes a participarem da live “Inclusão Escolar na Rede Municipal de Ensino”, no dia 6 de dezembro, às 18h45min, nos seus canais do YouTube e páginas do FaceBook. A atividade terá a presença de Andréa Osório, diretora da EMEF de Surdos Bilingue Salomão Watnik; Liliane Giordani, diretora da Faced/UFRGS; Anderson Gonçalves, SIR Emef Gilberto Jorge; Malu Medeiros, diretora da EMEEF Tristão Sucupira Vianna; Cintia Leão Educação Precoce EMEEF Elyseu Paglioli; e Katiuscha Genro SIR CMET.

Nada sobre nós, sem nós. Participe, mobilize a sua escola!

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