🚨 O governo Melo gastou, em 2022, R$9 milhões em livros, comprados com empresa investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A denúncia foi feita pelo jornal Matinal, no final do ano passado, pelo jornalista Demétrio Jorge. Para além do processo irregular, há também a indiferença com escritores, editoras gaúchas e entidades culturais do Estado, que não foram sequer citadas no processo para aquisição do novo acervo pedagógico nessa compra de milhões.

Compras da SMED sob suspeita do TCU

Em matéria publicada pelo jornal Matinal, no final do ano passado, vimos mais uma ação questionável da gestão Melo. Na matéria do jornalista Demétrio Jorge, há a denúncia da Prefeitura Municipal pela compra de R$ 9 milhões em livros da empresa Inca Tecnologia, investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O questionamento de mais essa ação da Prefeitura de Porto Alegre é pelo fato de que os livros adquiridos que comporão o novo acervo das escolas em 2023 não contempla o projeto pedagógico nem obras gaúchas, além de que a forma de compra desses materiais é conhecida com “pegar carona” de um outro pregão, neste caso do governo de Sergipe, que teve apenas um único fornecedor.

O fornecedor, a empresa Inca Tecnologia, é investigada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) desde maio de 2020 pela dispensa de uma licitação de compra no valor de R$ 912 milhões em aventais, durante a pandemia; e está também envolvida com a venda, sob suspeitas de superfaturamento, de R$ 66,8 milhões de livros para o governo do Amazonas, em agosto de 2022.

A matéria também apresenta o relato do especialista em Orçamentos de Obras para Licitações Públicas, Carlos Martins: “Pela documentação que vimos, não há evidências de pesquisa de mercado. Já vivenciei inúmeras licitações de obras, e nunca vi tanta falta de critérios como nessa compra de livros”, conclui.

Para além do processo visivelmente irregular, há também a indiferença com escritores, editoras gaúchas e entidades culturais do Estado, que não foram sequer citadas no processo para aquisição do novo acervo pedagógico nessa compra de milhões.

Alexandre Brito, presidente da AGES e integrante do Conselho Municipal do Livro e Leitura, chamou a compra de “inaceitável” e “desqualificada “.Preocupa o uso tão nebuloso dos recursos do Fundeb pela ex-secretária Janaína Audino. Sem critérios, sem ouvir a rede de ensino, professorado, corpo pedagógico, bibliotecárias, para orientar esta compra para o atendimento das reais necessidades da rede. Uma compra desqualificada, que se assemelha à de um saldão. Mais: é inaceitável uma aquisição desta monta que não contempla sequer uma única obra, uma única editora, uma única escritora ou escritor gaúcho”, completou.

A matéria completa do jornal Matinal vocês podem acessar pelo link: https://www.matinaljornalismo.com.br/matinal/reportagem-matinal/prefeitura-porto-alegre-compra-9-milhoes-empresa-investigada-tcu/.

 A ATEMPA se vê indignada com essa situação e está acompanhando de perto as próximas ações da Prefeitura e do Tribunal de Contas da União (TCU).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *