Atempa participa do Ato Público Não é Reposição, é Dívida para exigir que o governo pague o que deve aos servidores

Dirigentes da Atempa uniram-se ao Ato Público Não é Reposição, é Dívida, organizado pelo Sindicato dos Municipários de Porto Alegre, no final da tarde desta quarta-feira (17), para exigir que o governo Sebastião Melo (MDB) pague o que deve aos municipários: 27,18 % de reposição salarial.

Mobilizados no Paço Municipal, os servidores (as) denunciaram que ao invés do prefeito pagar a dívida que tem com os servidores(as) públicos municipais, se limitou a oferecer o vergonhoso índice de 4,62%, parcelado em três vezes. A proposta foi rejeitada por unanimidade, durante Assembleia realizada pelo Simpa. Na ocasião, também foi deliberado o estado de greve do funcionalismo municipal.

Os educadores(as) atenderam ao chamado da Atempa e as escolas participaram em peso da mobilização. “É muito gratificante estar com nossos colegas nesse ato tão importante pelos nossos direitos. A mobilização está crescendo. Juntos vamos dar um basta ao desrespeito com a educação”, frisou a diretora da Atempa, Isabel Medeiros.

“Vamos pressionar o governo, não dá mais para aguentar essa gestão que governa de costas ara o povo de Porto Alegre. Nas escolas, a situação é cada vez pior. Faltam professores, monitores e condições dignas de trabalho. Merecemos respeito e valorização”, afirmou a diretora da Atempa, Luciane Congo.

A diretora Camila Reis lembrou das ações arbitrárias orquestradas pelo governo Melo, como a suspeita de cartel na compra de materiais pedagógicos, fato que resultou em diversas prisões e segue sendo investigado pela polícia. “A educação sofre, cada vez mais,  ataques de toda ordem. Mesmo sob investigação policial, continuam chegando materiais nas escolas, sem nenhuma explicação, assim como contratações terceirizadas e privatizações. Essa precarização tem que ter fim. Precisamos unir forças para defender o nosso serviço público, afirmou.

“Os servidores aposentados fizeram essa cidade, trabalhamos muito ao longo dos anos e quando pensamos que poderíamos descansar, estamos enfrentando o extremo descaso do prefeito. Luta é a forma que um trabalhador encontra de ser visto, de ser lembrado Por isso, temos que nos fortalecer, estando juntos em todos atos e mobilizações, mostrando que a nossa categoria tem garra”, observou a diretora Roselia Siviero.

Do paço municipal, os manifestantes seguiram em caminhada até o Largo da Epatur, onde ocorreu a culminância da mobilização.

Fotos: Jacquelline Jorge