Após uma professora da EMEF Deputado Marcírio Goulart Loureiro ser ameaçada de morte pela mãe de uma estudante, a instituição, em resposta, paralisou as atividades nesta sexta-feira (26). Com medo da violência, a educadora pediu transferência para outra escola.
Segundo os educadores(as) da instituição, o fato não é um caso isolado. Agressões físicas contra a diretora, por parte de uma mãe, e casos de alunos que agrediram professores(as) são o retrato da insegurança que impera na instituição.
Na manhã desta sexta-feira (26), as diretoras da Atempa, Luciane Congo e Roselia Siviero foram à escola prestar apoio aos educadores(as) e acompanhar a assembleia organizada pela instituição para discutir a situação de violência.
“Ouvimos as dificuldades da escola como a falta de professores e de estrutura e várias outras situações decorrentes da omissão da secretaria de educação e da prefeitura. A Atempa seguirá denunciando a precarização e o sucateamento da educação pública, que acabam intensificando a violência”, afirmou Luciane.
A diretora Roselia salientou que um dos fatores que leva a precarização da escola é a falta de RH e denunciou a negligência da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com a categoria. “A forma como a Smed dialoga com as escolas, colocando muitas ordens no papel, mas na prática é pouca presença dentro das escolas para discutir as ações necessárias. Nós estamos presente em todas as escolas na defesa de uma educação que construa uma sociedade mais plural, respeitosa e, principalmente, mais generosa.”, afirmou.
A direção da Atempa observa ainda que, dentre outros fatores, a violência contra as escolas e os trabalhadores(as) em educação é fomentada por muitos políticos e figuras públicas, que criam frentes parlamentares e projetos de lei ilegais, buscando coibir a liberdade de cátedra.
Confira a Nota de Repúdio da EMEF Deputado Marcírio Goulart Loureiro
Nós, professores da EMEF Deputado Marcírio Goulart Loureiro, estamos ESTARRECIDOS com o ocorrido desta semana – uma professora dos Anos Iniciais desta instituição foi atingida por falas de ódio e ameaças em função de situação ocorrida em sala de aula.
Essas atitudes não podem ser rotina – professores e pais não são inimigos e o exemplo que nasce daí é muito prejudicial para os estudantes.
Nós, trabalhadores da educação, exigimos respeito e um ambiente de trabalho seguro. Além da falta de professores já existente, estamos perdendo ainda mais em função
de acontecimentos assim. É hora de parar
Em função disso, iremos paralisar nosso atendimento ao público no dia 26 de abril.
Professores da EMEF Marcírio
Respeito é o básico!