Nesta quarta-feira (27), dirigentes da Atempa e do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) acompanharam a Comissão de monitores(as) da Educação, em reunião com o secretário adjunto da Secretaria Municipal de Administração e Patrimônio (Smap), Richard dos Santos Dias. O objetivo foi o de pressionar pela conclusão do processo de posse de 90 monitores(as), interrompido pelo governo.
No dia 15 de março deste ano, estes monitores foram nomeados e, em seguida, tiveram suas nomeações suspensas. Em reunião anterior, no último dia 22, as entidades expuseram ao secretário, a gravidade da situação. Parte dos monitores nomeados, por orientação da prefeitura, se desligaram de seus postos de trabalho para assumirem o cargo nas escolas. Com a suspensão, ficaram sem emprego. Além de já terem pago pelos exames admissionais, exigidos pela prefeitura.
Faltam recursos humanos nas escolas da rede pública municipal de ensino, desde o início do ano letivo, e mesmo sem ter recebido uma determinação específica do TCE para interromper o processo de posse, o governo Sebastião Melo (MDB) adotou a medida, colocando os trabalhadores(as) em situação de insegurança.
Esta é a segunda reunião realizada sem um posicionamento efetivo do governo. O titular da Smap se comprometeu em manter a validade dos exames médicos já realizados e uma nova agenda foi marcada para o próximo dia três de abril, com a presença da Procuradoria Geral do Município (PGM), às 9h, no prédio da Smap (Rua Siqueira Campos, 1300).
Pesquisa da Atempa aponta falta significativa de monitores
De acordo com a pesquisa realizada pela Atempa sobre a situação da inclusão escolar na rede pública municipal de ensino de Porto Alegre, que ouviu 99 escolas, faltam 233 monitores para inclusão, 142 para a educação infantil e nenhuma escola de Ensino Fundamental regular, que respondeu ao questionário, possui um monitor para cada turma com estudante de inclusão. E apenas nove escolas da Educação Infantil, entre as ouvidas pela Atempa, têm um monitor para cada turma com estudante de inclusão.
“Além de pressionar para que esses colegas tomem posse e possam estar nas escolas atendendo as comunidades, também perguntamos sobre o regime de colegas que haviam sido chamados ainda em fevereiro e foram suspensos. O secretário garantiu que a medida será revertida e que os regimes complementares de trabalho serão pagos”, acrescentou a diretora da Atempa, Rosele Bruno de Souza.
Fotos: Silvia Fernandes/Simpa