Na manhã desta segunda-feira, 21, ocorreu uma reunião com o Secretário de Educação, Adriano Naves de Brito, sobre as normativas impostas pelo governo Marchezan quanto aos atestados para os professores/as, uma vez que hoje a maioria não tem mais Horas-Atividade Fora da Escola (HAFE). A reunião, solicitada pelo Simpa, contou com a presença de representação da Atempa. Um detalhe curioso: a Atempa fora “convidada” pela Smed através de email enviado exatamente oito minutos antes do horário marcado para a reunião. Como a entidade preza pelo diálogo, mesmo assim, dirigiu-se até o local para ouvir o secretário.
Na prática, a reunião não avançou em nada de concreto para os trabalhadores/as em educação que necessitam buscar consultas médicas e tratamentos de saúde que não se enquadram em situações de emergência, atendidos pela Biometria. Com a normativa em vigência, a gestão liberaria o professor para utilizar as horas atividade para as consultas médicas, quando estes possuem apenas um atestado de liberação a cada trimestre e os servidores que não têm HAFE, um a cada dois meses.
Para o Simpa e a Atempa, as consultas eletivas fazem parte da prevenção da Saúde do Trabalhador. Sendo assim, podem ser resolvidas diretamente com as direções das escolas.
Secretário apenas transfere responsabilidades
Chamou a atenção da representante da Atempa, Cindi Sandri, a atitude descompromissada do Secretário diante de tema tão caro aos trabalhadores/as. O Secretário, ao invés de se colocar disponível e aberto na busca de uma solução com bom senso e que coloque a saúde do trabalhador/a como prioridade, optou por manter atutide autoritária. Informou que novas decisões serão encaminhadas via ofício – mantendo assim o tom da administração Marchezan, que costuma apenas comunicar as decisões da gestão sem consulta aos servidores e as entidades representativas da categoria. Além disso, chegou a sugerir que os represntantes sindicais procurassem o MPT em busca de uma definição daquele órgão que examina a questão em funçao da situação dos celetistas.
Cindi lamentou a falta de disposição para o diálogo que o secretário demonstra, quebrando um modelo de relação que vinha sendo construído ao longo de muitos anos.
Foto: Silvia Fernandes