Primeiro dia de greve é marcado por ato no Paço e sessão cancelada

O primeiro dia da greve dos municipários, 16/07, encerrou com o cancelamento da sessão que votaria o PLCE 07/18, da Previdência Complementar, devido ao falecimento de Mathias Nagelstein, pai do presidente da Câmara, vereador Valter Nagelstein (MDB). Assim, a pauta só deverá retornar à votação após o recesso, que se inicia nesta terça-feira, 17, com encerramento no dia 31 de julho. 

 

Mesmo assim, a greve continua em protesto contra a falta de resposta do governo Marchezan às reivindicações da data-base, os projetos de lei que tramitam na Câmara em regime de urgência e a violência que ocorreu na sessão plenária do dia 11.

 

Na sexta-feira, 13, por solicitação do autor do pedido de impeachment contra Marchezan, Paulo Adir Ferreira, o Simpa ingressou com a ação junto ao Tribunal de Justiça, questionando o fato de a Câmara ainda não ter apreciado, o pedido apresentado em 2 de julho. A lei diz que matérias desta natureza devem ser levadas ao plenário, na primeira sessão ordinária após sua apresentação. Como o TJ-RS deferiu a ação, o pedido deveria abrir os trabalhos da Câmara na tarde desta segunda-feira, 16.

 

Entretanto, a desembargadora Lúcia de Fátima Cerveira, devido à um de reconsideração, feito pelo presidente da Câmara, determinou que a denúncia contra o prefeito fosse apreciada somente após a votação de vetos e de projetos que tramitam em regime de urgência no Legislativo.

 

Embora o vereador Professor Alex Fraga (PSol) tenha apresentado requerimento solicitando a inversão da pauta, o documento foi rejeitado pela maioria dos vereadores e a sessão seguiu para a discussão do PLCE 07/18.

Com o cancelamento da sessão de hoje e o início do recesso nesta terça-feira, a previsão é que estes projetos só sejam retomados a partir do dia 1º de agosto. Existe a possibilidade de interrupção do recesso, por convocação extraordinária da Câmara, pelo presidente da Casa, ou pelo prefeito.Entretanto, há previsão regimental para declaração de luto oficial, o que pode inviabilizar convocações extraordinárias.

 

“O primeiro dia de greve reafirmou o quanto a categoria é de luta. A educação, mais uma vez, se fez muito presente e os ataques violentos da brigada, ao invés de intimidar, intensificaram a resistência. Estamos atentos/as e vigilantes às próximas ações da Câmara! A Assembleia Geral, amanhã, às 14h, na Casa do Gaúcho, organizará a nossa luta”, disse o diretor da Atempa Glaucomarcelo Dias.

 

Dia começou com ato no Paço Municipal

 

Pela manhã, os municipários e municipárias se reuniram em protesto contra os ataques de Marchezan em frente ao Paço Municipal. De lá, fizeram caminhada pelas ruas do Centro até a Câmara Municipal. Após almoço coletivo, parte da categoria que conseguiu entrar na Casa, acompanhou a sessão, pressionando os vereadores a votarem contra o PLCE 07/18, outro duro ataque de Marchezan aos direitos da categoria a uma aposentadoria digna.

Da redação Atempa, com informações Ass. Com. Simpa