Na última terça-feira, dia 12/02, a Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (CECE) organizou um novo encontro na Câmara de Vereadores para debater os problemas da rede municipal de educação. Dessa vez, as pautas foram os problemas causados pelas altas temperaturas que prejudicam o bom andamento das aulas e também sobre as matrículas e rematrículas para 2019.
A diretora da Atempa, Vládia Paz, esteve na reunião e representou a associação para reforçar a pauta e trazer outros problemas que não são resolvidos pela gestão Marchezan. O secretário municipal de educação, Adriano Neves de Brito, não compareceu – apesar de ter recebido o convite – mas mandou dois representantes.
Sobre a questão das matrículas, a Vládia reforçou o descaso da SMED e de como a secretaria se mantem ausente da comunidade escolar e das escolas. “A SMED, como não visita as escolas – lamentavelmente só o faz na hora de punir, e não para assessoria – não conhece [a realidade de cada escola]”, ressalta Vládia. Esse conceito da Vládia é reforçado pelos números que os representantes da secretaria levaram para o debate quando o assunto é vagas x demanda. Foi dito na reunião que houve uma procura menor em relação ao número de vagas ofertadas para a pré-escola, o que não reflete a verdade dos fatos. Aparentemente, essa parece ser uma diretriz da atual equipe da SMED, afinal, o secretário também esteve na Câmara recentemente trazendo números estapafúrdios sobre jovens fora das salas de aula.
Além dessa questão das vagas, o sistema de matrículas da secretaria tem ocasionado problemas na hora de designar as escolas para os alunos, como relata a Vládia: “A mãe que eu atendi na semana passada no Anísio [Teixeira] teve um dos filhos designado para o Mathias de Albuquerque, que fica lá perto, na zona sul, e o outro filho – que é de inclusão – foi designado para o Rio Grande do Sul, no Centro Histórico. Essa mãe estava desesperada. Nós a acolhemos e conversamos com ela” conta a diretora da Atempa. É um relato que reforça os diversos problemas da rede e que a SMED não se movimenta para dar suporte aos pais e alunos.
A questão do calor em sala de aula também foi debatido. Em quase todas as escolas do município há problemas elétricos que fazem com que os ventiladores não funcionem adequadamente. Sem falar que não há um sistema de refrigeração, que ajudaria a manter uma temperatura agradável e amenizar o calor que, muitas vezes ultrapassa os 40°. Só para se ter uma ideia, a Vládia comentou que na escola Anísio Teixeira há um ventilador que entra em curto e pega fogo se liga-lo. Além da questão insalubre provocada pela falta de equipamentos e manutenção, há um risco sério de incêndio.
O professor e vereador, Alex Fraga (PSOL), inclusive, destaca que a secretaria de educação tinha um setor específico para concerto de ventiladores das escolas infantis, mas que esse setor não existe mais, ou seja, a responsabilidade passou a ser das próprias escolas.
Segundo o vereador, a ideia é fazer de forma constante essas reunião da comissão para que seja possível discutir e trazer os problemas enfrentados pela rede e buscar soluções eficientes e rápidas. Houve uma pedido que a SMED sempre traga um representante para que possa ouvir e ter conhecimento do que acontece, já que, como a Vládia Paz falou, a secretaria só vai até as escolas para punir.