Confere a nota da Atempa sobre o fim da greve
Encerramos, ontem, uma importante etapa da nossa luta, com a suspensão da greve geral dos municipários(as) de Porto Alegre.
Foram 40 dias de intensas atividades de resistência, na defesa das políticas públicas, da educação pública de qualidade social e na demonstração do quanto é nefasto para a cidade, o projeto privatista e ultraliberal do governo Marchezan .
Obtivemos conquistas significativas, como a retirada do PL 11 e o compromisso político da câmara de vereadores, apregoado em plenário, de que o pacote de maldades de Marchezan não irá mais à votação neste ano.
Ontem, em uma grande Assembleia, deflagramos a manutenção do Estado de Greve. Ou seja, ganhamos esta batalha, mas a nossa luta continua e nos manteremos vigilantes, estamos no fronte de batalha, sempre prontos(as) pra decidirmos juntos(as) por novas formas de combate.
Por hora, as batalhas continuam sendo travadas na luta diária, em nossos locais de trabalho, nas denúncias e na organização de uma agenda que mantenha a nossa mobilização.
Ao longo desta greve histórica de 40 dias, o protagonismo de cada um e de cada uma foi fundamental para termos uma greve que dialogasse com a cidade, demonstrando força, resistência, unidade e capacidade de luta. Aprimoramos nossa relação com as Comunidades Escolares, que se mantiveram ao nosso lado, na defesa do patrimônio público da nossa cidade.
Hoje, retornamos para a escola com a espinha ereta e a cabeça erguida! Pois já dizia Freire, que a “nossa luta em defesa dos direitos e de dignidade deve ser entendida como um momento importante da nossa prática docente, enquanto prática ética. Não é algo que vem de fora da atividade docente, mas algo que dela faz parte”.
Agora é a hora de uma nova reaproximação entre todos os segmentos que compõem a escola. É com o Conselho Escolar que cada escola deve reorganizar o calendário escolar de 2017.
Para tanto, é necessário que cada unidade de ensino faça um levantamento, turma por turma, contabilizando o que falta pra fechar os 200 dias letivos e as 800 horas devidas aos estudantes, em atendimento a necessidade legal, estabelecida para crianças a partir de 4 anos de idade.
A Atempa já entrou em contato com a Smed para agendar uma reunião, para que sejam pautadas questões de interesse da rede municipal de ensino:
– data limite para o fechamento do ano letivo de 2017;
– data de início do ano letivo de 2018;
– direito a férias.
Acompanharemos este processo, que exigirá muita transparência da Smed e organização da nossa luta.
Nesse sentido, anunciamos para a próxima semana, um encontro do Conselho de Representantes das escolas (CR), extensivo aos Conselhos Escolares.
Unificados temos muita força!
Avante na luta!
Parabéns à categoria municipária!