Ontem, 07/08, os municipários/as escreveram mais um importante capítulo da história de Porto Alegre. Após ato no Paço Municipal, por volta das 11h da manhã, servidores e servidoras ocuparam a prefeitura em busca de uma mesa de negociação com Marchezan, que se nega a receber a categoria para tratar da data-base.
Em ofício, ao secretário de Segurança do Estado, César Schirmer, Marchezan solicitou a intervenção da Brigada Militar. Com intensa pressão e mobilização, representantes dos municipários/as se reuniram, às 15h30, com a secretária de Segurança, Claudia Crusius, vereadores/as e representantes da Brigada Militar. Com o objetivo de buscar uma solução para o impasse, o encontro durou duas horas.
Mesmo assim, Marchezan manteve a postura de se recusar a dialogar com os/as municipários/as sobre o reajuste que não é concedido desde o ano passado – com perdas acumuladas de 6,85% – e sobre os projetos de lei que retiram direitos da categoria. Por não haver acordo, nova reunião foi marcada para às 18h30, mas também terminou sem acordo.
Enquanto isso, o juiz Vanderlei Deolindo concedeu liminar de reintegração de posse da Prefeitura de Porto Alegre. O não cumprimento da decisão no prazo de uma hora poderia resultar em multa de R$ 200 mil, como também havia possibilidade da retirada dos municipários com uso da força policial.
A desocupação do prédio foi decidida pela categoria e direção do Simpa, a partir da chegada do oficial de Justiça que cumpriria a decisão da desocupação. Da parte da Brigada Militar, houve o compromisso de não utilizar de violência contra os/as trabalhadores/as.
“Nossa resistência continua! Queremos a negociação da data-base, não aceitaremos projetos que atacam a educação e o serviço público, que entrega cidadania à Porto Alegre! O dia de ontem foi histórico, foi mais uma prova da nossa unidade e força. E também mais uma prova de que o nosso prefeito se recusa a conversar com os/as trabalhadores/as. Seguimos na luta pelo justo, pelo bom, pelo melhor do mundo, como bem dito por Olga Benário”, destacou a diretora da Atempa Márcia Loguércio.
Da redação Atempa, com informações Ass. Com. Simpa