Municipários/as e terceirizadas protestam por descaso de Marchezan

Trabalhadoras terceirizadas, responsáveis pelos serviços de limpeza e cozinha nas escolas municipais, paralisaram ontem, porque não receberam o pagamento, nem vales alimentação e transporte. Nesta manhã, as trabalhadoras realizaram ato no paço municipal, com o apoio da Atempa, Simpa e trabalhadores/as da educação, que decidiram unir a manifestação do ato do Basta às reivindicações das terceirizadas.

Após o ato, foi realizada uma caminhada até a Smed, para mais uma tentativa de diálogo. “Esperamos um pouco para paralisar as atividades, porque nos preocupamos com as crianças. Mas a minha filha menor tem 3 anos e estou com a creche dela atrasada porque não recebi. Alem disso, já estou pagando juros do cheque especial.”, disse a auxiliar de cozinha da escola da Emef Chapéu do Sol Joceleide da Silva Lemos.

A trabalhadora relatou também que já passou por atraso de salário e benefícios no fim de 2017. Além disso, quando tirou férias em janeiro, recebeu o valor dividido e teve atraso de salário.

Até o momento, a única sinalização do administrativo da Smed, em frente ao ato, foi na mesma linha do e mail enviado às escolas, que justifica o não pagamento com as dificuldades do caixa e a necessidade de pagar os/as servidores/as. Embora o e mail sinalize pagamento para o dia 13/08, presentes no ato relataram que a Smed forneceu, hoje, a informação de que talvez pagariam na segunda.

O Conselho de Alimentação Escolar (CAE) também questionou a Smed pelo não pagamento às terceirizadas e obteve a mesma resposta, que culpabiliza o funcionalismo e a crise. “Se até segunda a situação não for revertida, faremos denúncia ao Ministério Público”, disse a membra do CAE Maria Hermínia Ribeiro.

“A Atempa reforça o repúdio ao descaso com que Marchezan trata as terceirizadas e os/as trabalhadores/as da educação. Este governo destrói as vias de diálogo, ataca a gestão democrática. Se não há caixa para o pagamento, porque Marchezan descumpre a lei federal e não utiliza sequer o mínimo valor estipulado(60%), pelo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), para pagamento dos/as trabalhadores/as da educação?”, ressaltou a diretora da Atempa Vládia Paz.