A Atempa apoia a moção de repúdio ao desrespeito à fé judaica na Prefeitura, emitida pelo Simpa, pois foi a primeira vez em 50 anos que os servidores e servidoras não tiveram o ponto liberado para celebrar o ano novo judaico (Rosh Hashaná e Yom Kipur).
As celebrações do Rosh Hashaná tiveram início ao pôr do sol do domingo (09/9) e estenderam-se até o entardecer da terça-feira (11). São comemorações, sobretudo litúrgicas, nas sinagogas. Para a comunidade judaica, trata-se de um momento de instrospecção, quando se realiza um balanço sobre a própria vida e da conduta em relação ao outro e a Deus, avaliando-se o que se passou ao longo do ano. Segundo a religião judaica, Deus criou o ser humano no Rosh Hashaná.
Embora a constituição afirme que o Estado é laico, a liberdade religiosa é direito assegurado. Assim, ao longo da história, muito feriados religiosos foram oficializados, sobretudo as datas comemorativas da Igreja Católica Apostólica Romana, como o 02 de fevereiro, em Porto Alegre (Nossa Senhora dos Navegantes), e o 12 de outubro, em todo o Brasil (Nossa Senhora Aparecida).
É importante lembrar que outras culturas também sofrem preconceito como, por exemplo, a rejeição do feriado municipal de 20 de novembro, pela Prefeitura. A data homenageia o herói negro, Zumbi dos Palmares.
O repúdio à discriminação, praticada pelo governo Marchezan, foi consenso na Assembleia Geral da categoria no dia 06 de setembro. Seguimos na luta por uma educação pública de qualidade, por liberdade religiosa, por uma Porto Alegre mais justa para todos e todas.
