Estrutura do prédio alugado para a Smed oferece riscos a integridade física dos funcionários

Nesta segunda-feira (12), a direção da Atempa, seguindo o exemplo das visitas feitas às escolas afetadas pelas enchentes, esteve na sede da Secretaria Municipal de Educação (Smed) para verificar as condições estruturais. A ação foi motivada por diversas denúncias de funcionários(as) sobre a precariedade do prédio alugado pela prefeitura, que coloca em risco a integridade física dos servidores(as).

As diretoras da Associação estiveram em cada um dos nove andares do prédio. E em cada sala foi possível verificar as más condições. Banheiro interditado por mofo e goteira no teto, janelas que não abrem ou não fecham, piso com diversos buracos e até mesmo a ausência de porta foram algumas das situações vistas.

Além da questão estrutural, outro ponto preocupante constatado foi o número de funcionários (as) por sala. Com vários setores agrupados em um mesmo ambiente, há salas que abrigam 50 servidores(as). Devido a lotação, está sendo realizado um revezamento de trabalho presencial e home office.

Outro ponto crítico é a falta de infraestrutura para refeições: apenas uma mesa está disponível para todos os servidores(as), obrigando a maioria a almoçar em suas próprias mesas de trabalho.

A ausência de elevadores funcionais obriga os funcionários a usarem escadas estreitas, gerando aglomerações e expondo especialmente os portadores de deficiência visual a riscos.

O prédio original da Smed, localizado na rua Andradas, fechado desde julho do ano passado. Obras estão sendo realizadas para liberar apenas o primeiro andar, que abrigará a Central de Vagas.

A situação é classificada como inadmissível pela direção da Atempa. “É inconcebível que a prefeitura, durante todo esse tempo, não tenha feito as obras necessárias e pague um aluguel astronômico por um prédio sem as condições adequadas para abrigar a secretaria”, observam as diretoras.

A Associação planeja solicitar explicações da Smed sobre as condições do prédio e a existência ou não de um Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI), visto o iminente risco à segurança dos servidores, assim como solicitar a reforma do prédio público para que possa voltar a ser utilizado na íntegra.