Recentemente, dirigentes da Atempa estiveram nas escolas para chamar os educadores(as) para acompanharem a votação do PL 28, que infelizmente foi aprovado. Durante as visitas, constataram várias turmas fechadas na educação infantil devido à falta de profissionais e de estrutura.
Um exemplo é a situação encontrada na EMEI Vila Mapa II, que não estava funcionando no seu prédio devido as reformas que estão sendo realizadas. Esta obra já deveria ter sido concluída, porém os trabalhos ficaram parados por um longo período, por falta de pagamento.
Devido a essa situação, a escola está atendendo em um espaço comunitário, que não atende às normas da educação infantil referentes ao conforto, segurança, higiene, metragem, entre outras questões essenciais como as normas da alimentação escolar.
O espaço foi gentilmente cedido por uma entidade da comunidade, interessada em colaborar para a continuidade do atendimento às crianças. Mas, é imprescindível lembrar que essa responsabilidade é da prefeitura de Porto Alegre, que gastou milhões em compras irregulares e alugueis de depósitos para entulhar a grande quantidade de materiais desnecessários.
Enquanto desperdiçam recursos tão necessários para inúmeras escolas, estudantes e educadores(as) são submetidos a situações como essa. Garantir que as crianças matriculadas na rede municipal tenham atendimento adequado é responsabilidade do poder público.
Não podemos normalizar a precariedade, apesar de reconhecermos o esforço dos trabalhadores(as) em educação para garantir o melhor atendimento possível aos estudantes.
Reforçamos nosso repúdio ao sucateamento do serviço público. Seguiremos visitando as escolas e denunciando sempre que verificarmos situações de precariedade e falta de pessoal, pois lutamos pelo direito à educação de qualidade.
Fotos: Simpa