Na manhã desta terça-feira (4), a direção da Atempa participou da reunião da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, onde foi feita uma escuta dos problemas enfrentados pelas escolas atingidas pelas cheias. Os depoimentos de direções, professores(as) e comunidade escolar apontaram falta de agilidade da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e da Secretaria Municipal de Educação (Smed) para resolver os problemas de avaliação dos estragos e da limpeza dos prédios escolares. A atividade foi coordenada pela deputada Sofia Cavedon (PT), presidente da Comissão.
Muitas escolas viraram abrigos para acolher os desabrigados, e segundo a Secretaria de Educação, mais de mil instituições foram destruídas pela água e pela lama.
Durante a reunião, houve o relato dos representantes da EMEI Tio Barnabé, Colégio Emílio Massot, EEEF Brasília, EEEF Professor Olintho de Oliveira, EMEF João Goulart e EEEM Júlio Grau, localizadas em diferentes bairros de Porto Alegre.
Além destas, também foram ouvidas as direções de duas instituições que foram atingidas no Vale do Taquari: Colégio Castelo Branco, em Lajeado, e a EEEF Moinhos, em Estrela.
A diretora da Atempa, Rosele Bruno de Souza destacou a defesa da gestão democrática das escolas na questão da descentralização das verbas que precisam ser destinadas às escolas afetadas. “É preciso garantir a participação do coletivo para o uso desses recursos, evitando desvios, como já vimos acontecer na Smed. Toda tragédia que ocorreu demonstra a ineficiência dos governos. Por isso, exigimos que o poder público cumpra com sua responsabilidade e encaminhe com agilidade e planejamento adequado, os recursos para a reconstrução das escolas, respeitando a vontade da comunidade”, afirmou.
A deputada Sofia Cavedon, cobrou do governo do Estado a indicação das escolas que devam ser habilitadas a receberem recursos federais. Ela lembrou que a capital e o governo estadual constituíram o “Estado Mínimo”, sem servidores, terceirizando tarefas e sem pagar o mínimo constitucional de 25% orçamentários para educação. Sofia também relembrou a histórica incapacidade do governo atual do Rio Grande do Sul em executar projetos de obras.
Também participaram da reunião, o CPERS Sindicato, Associação Mães e Pais pela Democracia e parlamentares.
Fotos: Lucas Kloss