O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, comemorado nesta quarta-feira (20) não é apenas uma homenagem a Zumbi dos Palmares, mas um grito de resistência contra um sistema que insiste em perpetuar a desigualdade racial. Este ano, a data é celebrada pela primeira vez como feriado nacional, uma conquista histórica do movimento negro, que reforça a necessidade de refletirmos sobre a luta por igualdade e justiça.
Negras e negros compõem mais de 56% da população brasileira, continuam a ocupar os postos de trabalho mais precários, enfrentando a exclusão do ensino de qualidade e sendo alvo de um genocídio. Essas desigualdades têm raízes no racismo estrutural, que sustenta privilégios para alguns enquanto marginalizam a maioria. Combater esse sistema é fundamental para garantir direitos e oportunidades iguais para todos/as, e a educação tem papel central nessa transformação. Uma escola antirracista não só combate o preconceito, mas também forma cidadãos críticos e conscientes, capazes de construir uma sociedade verdadeiramente democrática.
É inaceitável que, séculos após a abolição, o racismo ainda limite vidas e sonhos. Por isso, a luta antirracista é uma urgência coletiva: precisamos de políticas públicas que garantam equidade e de uma educação que enfrente o preconceito, valorize a história afro-brasileira e ensine nossos jovens a lutar pela justiça
A Atempa se soma a essa luta e reafirma: o combate ao racismo é uma responsabilidade de todos. Precisamos transformar nossas escolas em espaços de inclusão e consciência, onde a história e a cultura afro-brasileira sejam valorizadas e a equidade esteja no centro das políticas públicas. Mais do que refletimos, é preciso agir: ocupar ruas, escolas e todos os espaços de decisão para exigir um país sem racismo, sem exclusão e com oportunidades iguais.