O Dia Mundial do Meio Ambiente é celebrado nesta quarta-feira (5). Neste ano, o tema definido pela Organização das Nações Unidas (ONU) foi justamente “restauração de terras, desertificação e resiliência à seca”, com foco no debate sobre a crise climática, suas consequências e formas de mitigação de desastres ambientais causados pelo fenômeno.
O objetivo da data, criada pela ONU em 1972, sempre foi chamar atenção para o debate e a reflexão sobre o meio ambiente. Porém, com a intensificação da degradação ambiental e suas consequências, o dia se torna mais de protesto do que de celebração, principalmente no Rio Grande do Sul.
Segundo balanço da Defesa Civil do RS, até às 9h desta terça-feira (4), foram 476 cidades afetadas, 172 óbitos, 44 desaparecidos, 575.171 desalojados e 2.392.686 pessoas afetadas de alguma forma.
É fundamental destacar que esta tragédia climática, a maior da história do estado, não é apenas obra da natureza, mas sim fruto do negacionismo climático e do descaso dos governos com o meio ambiente e a população, principalmente com os que residem em áreas de risco.
É hora de denunciar os inimigos do clima e seguir prestando solidariedade àqueles que estão sofrendo as consequências das cheias.
As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul são consequência de um modelo de desenvolvimento econômico que agride o planeta e da negligência do poder público, que ignorou diversos relatórios com medidas de prevenção.
Os governos Eduardo Leite (PSDB) e Sebastião Melo (MDB) têm demonstrado pouca ou nenhuma sensibilidade para a situação, em especial, da população mais vulnerável, que primeiro sofre e sofrerá com a ampliação do ritmo de avanço das mudanças climáticas.
A inoperância e o descaso de ambos, levou a população gaúcha a enfrentar as brutais consequências da cheia histórica.
A crise climática é um problema urgente. Não estamos falando apenas sobre o futuro do planeta, mas sobre um presente de desastres ambientais, com mortes e perdas de direitos.
Mais do que nunca, é essencial a reflexão sobre a urgência de criar políticas públicas de preservação da natureza, prevenção e o tipo de cidades que queremos. Precisamos de cidades sustentáveis e seguras para toda a população.