Na última quarta-feira (5), a partir do mutirão convocado pela prefeitura, centenas de pessoas formaram filas com o objetivo de pegar fichas para orientações e inscrição no Cadastro Único (CADÚnico). Horas depois, todos foram informados de que não haveria o atendimento.
O CADÚnico é feito por trabalhadoras e trabalhadores terceirizados e a falta de planejamento para o atendimento é responsabilidade do governo Sebastião Melo (MDB) e do presidente da Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC), Cristiano Roratto. A responsabilidade pela inscrição no CADÚnico é exclusiva da FASC, não pode ser feita por outro setor da prefeitura.
A precarização da assistência social em Porto Alegre não acontece somente no serviço do CADÚnico. Faltam centenas de trabalhadores(as) na Fundação, inviabilizando o atendimento adequado e com celeridade às pessoas atingidas pela catástrofe da enchente que atingiu a Capital, pessoas essas que se encontram em vulnerabilidade social.
Mesmo com a comprovação de que a terceirização dos serviços não atende às necessidades da cidade e traz prejuízo aos serviços públicos, Melo insiste na continuidade do erro. Um contrato emergencial prevê o gasto de R$ 11 milhões de reais para terceirizar o trabalho de assistentes sociais e psicólogos, e não prevê a nomeação das aprovadas e aprovados no concurso já realizado e que aguardam somente a convocação.