Atempa se reúne com o vereador Alex Fraga para tratar do relatório de precarização da educação

Na tarde de segunda, 30/04, a Atempa esteve reunida com o vereador Alex Fraga para tratar do relatório sobre as condições precárias das escolas municipais de Porto Alegre, realizado, em abril, pelo mandato do parlamentar. Para construir o documento, a equipe visitou as 56 escolas de ensino fundamental e médio da rede municipal de Porto Alegre, com o objetivo de conversar com as direções e professores/as sobre as condições de trabalho e estrutura física dos espaços. O principal motivador do trabalho de levantamento de dados foi a perda da hora atividade fora da escola, para todos/as professores/as que não possuem 40h durante o dia na mesma escola, ou seja, o fim da isonomia na hora-atividade. A desumanização e perda de eficiência e transparência, devido à burocratização, a perda de direito em relação a atestados médicos e problemas na política de inclusão no município de Porto Alegre também fizeram parte do diagnóstico do relatório.

O documento já foi entregue ao Ministério Público Estadual (MP) e o mandato fará agenda com a promotora de Educação do MP Danielle Bolzan Teixeira, para dialogar sobre os ataques da Smed à gestão democrática e possíveis medidas cabíveis. A continuidade do trabalho ainda está em andamento, pois são consenso entre os relatos que as proposições do governo Marchezan, além de prejudicar a educação pública, estão afetando a saúde dos profissionais da educação. Por isso, o próximo passo é um levantamento de dados referentes às biometrias.

O resultado das conversas com as direções e professores/as reafirmou o descontentamento das equipes com o descaso da Smed, que a Atempa vem denunciando desde o começo da gestão, em janeiro de 2017. A precarização do ensino, das relações de trabalho na rede municipal, o ataque à gestão democrática e o desmonte da educação pública de Porto Alegre são bandeiras da associação, que tomará todas as medidas possíveis para que se possa combater o projeto político do prefeito Marchezan. Como bem dito por Darcy Ribeiro, a crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto. É dever do governo e da Smed respeitar a autonomia das escolas, conservar os espaços em bom estado, trabalhar pela melhor do ensino e do planejamento.