Atempa realiza seminário em defesa da EJA

Na última sexta-feira, 07/12, a Atempa promoveu o “ Encontro de Formação da EJA” no CPERS Sindicato. Com objetivo de debater a Educação de Jovens e Adultos (EJA) e fortalecer a resistência diante dos ataques à modalidade pela atual gestão Marchezan, a professora da EMEF Dolores Caldas, Carla Bandeira, e o professor do Núcleo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação de Jovens e Adultos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NIEPE-EJA/UFRGS), Evandro Alves, apresentaram informações relevantes que mostram a importância da EJA na cidade e da obrigação do poder público em cumprir com a constituição e com as normas vigentes.

Carla, que também é orientanda da professora Simone Valdete dos Santos em sua Dissertação de Mestrado “Educação de Jovens e Adultos em Porto Alegre”, apresentou as leis que amparam a EJA, tanto em âmbito federal quanto estadual. “Precisamos nos agarrar na legislação. Não é uma questão apenas de necessidade, é uma questão de direito” – frisa.

Já Alves mostrou diversos mapas produzidos pelo NIEPE-EJA/UFRGS onde mostram as ofertas de vagas e estimativa de vagas pela modalidade em Porto Alegre, o que derruba a tese da Secretaria Municipal de Educação (SMED) que todas as tentativas de esvaziamento da EJA ocorrem em virtude da pouca demanda. O professor Alves não concorda. “Há demanda. O que falta são políticas públicas que ofereçam as vagas, que façam chamada pública, que acessem as comunidades e façam levantamentos e tragam as pessoas para as escolas”, contrapõem.

E diretora da Atempa, Celeste Martins, destacou a importância da união da rede municipal e da comunidade em defesa da Educação de Jovens e Adultos e contou o exemplo da EMEF Grande Oriente. Segundo a diretora, até o momento, a direção da escola tinha sido a única a acatar a ordem da SMED e diminuído de cinco para três turmas de EJA, mas que com a mobilização dos professores e do conselho escolar, essa medida foi revertida. “Além disso, as matrículas estão abertas a qualquer momento – como diz nossa legislação – e nós conseguimos fazer com que os professores retornassem para o turno da noite. Isso é para nos deixar otimistas” – exalta.