Na última semana, a Associação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) esteve presente na Câmara de Vereadores de Porto Alegre para o relançamento da Frente Parlamentar Contra a Violência nas Escolas, projeto liderado pelo vereador, Alex Fraga (PSOL). Entre os presentes estavam as vereadoras Fernanda Melchionna (PSOL) e Sofia Cavedon (PT), além das diretoras da Atempa, Cindi Sandri, e do Simpa, Roselia Siviero e a presidenta do CPERS, Helenir Aguiar. Representantes da Guarda Municipal e da Brigada Militar comparecerem ao encontro, assim como do Movimento de Pais e Mães Pela Democracia.
O objetivo de reabrir os trabalhos da Frente Parlamentar é dar visibilidade à comunidade escolar e encontrar soluções para esse grave problema da violência. O vereador Alex, que também é professor da rede pública municipal, acredita que é preciso dar apoio para que tanto os docentes quanto os alunos consigam ensinar e aprender da melhor forma possível. “Quem pode trabalhar com tranquilidade e com liberdade, trabalha muito melhor. Se o resultado que nós queremos é de uma educação de maior qualidade, nós precisamos desse respaldo, nós precisamos dessa segurança e desse encaminhamento dentro das nossas escolas”, analisa.
A diretora da Atempa, Cindi Sandri, boa parte do que acontece com a educação pública tem como principal responsável a atual gestão municipal. “O que a prefeitura faz é desconhecer a legislação, que deveria estar em vigor a partir da execução do seu conteúdo. Nós temos um plano nacional de educação. No entanto, ela (prefeitura) trata apenas da lei a partir da pauta que ela instalou na Câmara Municipal desde o ano passado que é o desmonte do espaço público”, afirma. Além disso, lamenta a ausência da Secretaria Muncipal de Educação (SMED) e do secretário de educação, Adriano Neves de Brito. “Ele não participa de debate público conosco”, lembra.
Para reforçar a fala da Cindi, a diretora do Simpa, Roselia Siviero, complementa ao afirmar que toda a categoria dos municipários sofrem com as ações do prefeito Marchezan e reconhece a importância de encontros e projetos que abordem esse tema. “Todos nós, enquanto sindicatos, discutimos a questão da violência, porque a categoria municipária está sendo violentada por esse governo. É importante a gente reafirmar nessa Frente Parlamentar a urgência dessa formação”.
O vereador Alex reforça a importância de movimentos como esse de combate à violência. “O contexto atual, de ataques contra professores, motiva uma retomada dos trabalhos da Frente, com novas visitas às escolas, novo diagnóstico e a busca de soluções efetivas, em parceria com outras esferas do poder público e em colaboração com a sociedade. A violência é um dos principais problemas da educação, uma ameaça à integridade física e mental de professores e alunos, e um obstáculo à atividade de ensino-aprendizagem. Torna-se urgente uma resposta conjunta da sociedade e do poder público, visando à construção de uma cultura de paz”, finaliza.