Na manhã dessa quarta-feira, 14, a Atempa participou do debate promovido pela Frente Parlamentar de Segurança Pública Municipal da Câmara de Vereadores (Freseg). Em pauta, as agressões sofridas por professoras e professores nas últimas semanas dentro das escolas de Porto Alegre. Diversas autoridades estiveram à mesa para debater a grave situação de violência que vêm sofrendo os trabalhadores e as trabalhadoras em educação.
A diretora da Atempa, Sinthia Mayer, reforçou a importância da presença Guarda Municipal nas escolas, não só para proporcionar mais segurança à comunidade, mas também para ajudar no papel pedagógico que a GM tem no contexto da educação e segurança. “Eles são nossos parceiros, eles cumprem a tarefa de conversar com a comunidade”. Além disso, ela acredita que a união é fundamental para mudar a atual situação que se encontra a educação. “Nós precisamos pensar o trabalho na educação como um trabalho de rede. Precisamos ter o Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação (ao nosso lado) e não só para nos mandar dar aula (imediatamente após um professor ser agredido)” – defende Sinthia.
Em seguida, a diretora do Simpa, Roselia Siviero, reforçou a fala da diretora da Atempa ao dizer que é preciso uma saída coletiva para a violência e que deve envolver uma construção plural, com debate na comunidade, e não apenas por envio de decretos. “Nós aguardamos que, deste encontro de hoje, a gente supere o protocolo e construamos, de fato, uma relação dialética com toda a rede municipal de ensino e não com cada comunidade escolar, separadamente” – analisou Roselia.
Outras autoridades que estavam na bancada falaram e fizeram suas colocações sobre o assunto, entre elas, o secretário municipal de Educação, Adriano de Brito, além da secretária de Segurança, Claudia Cristina da Rocha, representantes da Brigada Militar, da Polícia Civil, da Guarda Municipal e vereadores.
Ao final da reunião, a ditetora da Atempa entregou um dossiê o qual aponta a falta de Recursos Humanos nas escolas da capital. No levantamento, foi mostrado a necessidade de mais de 300 profissionais na área, bem diferente dos apenas 35 que o secretário de Educação afirma que faltam.