Diante da maior tragédia climática do Rio Grande do Sul, que inundou diversas regiões da capital gaúcha, as direções da Atempa e do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) seguem buscando informações e mantendo contato com funcionários de diversos órgãos municipais. O objetivo é atualizar a situação em que se encontram os servidores e verificar se os locais de trabalho estão fechados, se foram atingidos pelas águas do Guaíba ou se estão sendo utilizados como abrigos, pontos de coleta de donativos ou de distribuição de alimentos.
Na quinta-feira (9), as diretoras Bete Charão e Luciane Congo percorreram 14 escolas que pertencem à Rede Municipal de Ensino (RME), quatro delas estão sendo utilizadas como abrigos. São elas: Aramy Silva (Camaquã), Elyseu Paglioli (Cristal), Jean Piaget e Grande Oriente (Rubem Berta). Os locais estão sendo utilizados para abrigar vítimas das enchentes de maneira geral, incluindo professores da rede municipal e da própria escola. As direções das escolas da RME têm contado com o apoio intensivo da comunidade, inclusive na organização dos setores do abrigo (coleta, distribuição, cozinha, acolhimento), incluindo o amparo a animais de estimação.
O Simpa visitou ainda outras escolas. Algumas estão sendo utilizadas como ponto de distribuição ou de coleta de alimentos, utensílios e donativos. São elas: Lidovino Fanton, Florência Vurlod Socias, Nossa Senhora do Carmo, Moradas da Hípica, Neusa Goulart e Monte Cristo. Na Larry José Ribeiro Alves foi servido almoço e houve entrega de doações na segunda e na terça-feira (6/5 e 7/5), na Gilberto Jorge é feito o fornecimento água da escola para a comunidade e na Anísio Teixeira estão produzindo alimentos, além do recolhimento e organização de doações.
Falta de Comando da Smed
As diretoras do Simpa e da Atempa observaram que a Secretaria Municipal de Educação (SMED) não coordena e nem centraliza os trabalhos nas escolas. É a comunidade que coordena e está à frente do planejamento, da organização, do funcionamento e da execução das atividades. De acordo com um levantamento inicial, a estimativa é de que 17 escolas da RME estejam alagadas. A Atempa está aplicando um questionário para identificar a situação de servidores da educação que foram atingidos de alguma forma pelas enchentes.
Simpa aguarda posição do prefeito Sebastião Melo
O Simpa aguarda uma posição do governo Melo sobre a iniciativa do Ministério da Educação (MEC) sobre a flexibilização do calendário escolar do Rio Grande do Sul, por meio de resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE), para orientar a retomada segura das aulas, em razão do estado de calamidade no Rio Grande do Sul. O sindicato também aguarda posição da SMED sobre o planejamento pedagógico após a enchente.
Gratidão aos voluntários
As entidades verificaram que existe um grande número de municipários trabalhando durante a enchente. Também ressaltam a importância da dedicação daqueles que não estão cumprindo sua jornada nos órgãos municipais, mas vêm atuando como voluntários em todas as áreas, seja na coleta de donativos ou no resgate de pessoas.
Campanha de solidariedade do Simpa e doações via Pix
Vivemos uma situação devastadora na cidade que nos dedicamos a cuidar e prestar os serviços públicos que a população tanto precisa. Iniciamos esta campanha de solidariedade, deliberada na última Assembleia Geral da nossa categoria. Toda arrecadação será destinada para o auxílio às trabalhadoras e trabalhadores que tiveram que sair de suas casas e estão em situação de risco. Nossa contribuição é muito importante.
PIX: financas@simpa.org.br
BANRISUL
