Na noite desta terça-feira, 12 de junho, a categoria municipária de Porto Alegre decidiu entrar em greve na segunda-feira, 18, data em que os projetos de Marchezan que atacam os direitos e a carreira dos servidores, começarão a ser apreciados pelo plenário da Câmara.
A diretora da Atempa Vládia Paz lembrou que, há quase um ano atrás, os/as municipários/as estavam em greve devido ao salário parcelado. Assim, hoje, diante do maior ataque à categoria, é preciso a maior reação, ressaltando que a greve deve iniciar no dia 18, com unidade e luta coletiva. Vládia finalizou destacando que a luta também acontece na Câmara de Vereadores/as, pela derrota dos pls, pela carreira, pela educação pública.
“Para nós, da educação, este é um momento único! Não abriremos mão de fazer a defesa do plano de carreira, parando o trabalho a partir do dia 18 em todas as nossas escolas! Para além disso, precisamos trazer com a gente o nosso aliado, o principal elemento do nosso trabalho, que é o nosso público, a nossa comunidade. É importante que as escolas reúnam os conselhos escolares, as comunidades e digam o porquê do nosso movimento. Aquele a quem o prefeito chama de clientela, chamamos de cidadão! Aquele que usa as políticas públicas e necessita do serviço público de qualidade é ponto chave neste debate! A discussão deste momento é em defesa de uma cidade justa e para todos!”, ressaltou a coordenadora da Atempa Sinthia Santos Mayer, no relato da educação.
Uma nova assembleia na próxima terça-feira, 19, às 14h, na Casa do Gaúcho e reunião do comando de greve aberta, com deliberação dos Cores, na quinta-feira, dia 14, às 18h30, no Simpa, também ficaram entre os encaminhamentos.
Confira mais definições da Assembleia:
– Realizar ato segunda-feira, dia 18, no Paço, às 9h, com almoço e, depois, caminhada até a Câmara;
– Realizar ato na terça-feira, dia 19, a partir das 9h, no HPS, com caminhada até o Paço.
A paralisação dos municipários é uma resposta da categoria à falta de respeito e de diálogo de Marchezan com o funcionalismo, contra a aprovação dos projetos – que tramitam em regime de urgência –, contra a falta de reajuste – desde o ano passado, o prefeito não concede a reposição salarial aos servidores e já sinalizou que não dará neste ano apesar de obrigatório por lei – e contra os parcelamentos salariais, inclusive do 13º.
No dia 6, o plenário da Câmara rejeitou, por 21 votos a 13, relatório aprovado na CCJ contrário à tramitação em regime de urgência, solicitada pelo prefeito e aceita pelo presidente da Câmara sem consulta ao plenário. Desta maneira, os projetos estarão em pauta a partir do dia 18.
Da redação Atempa, com informações Ass. Com. Simpa