Nesse dia de manifestações em todo o País em que estudantes e profissionais da educação voltam às ruas em defesa da educação e contra a reforma da previdência, professores a alunos se mobilizaram para pedir a manutenção da EMEM Emílio Meyer, do bairro Medianeira, escola de ensino médio que o prefeito, Nelson Marchezan Jr, pretende não abrir mais vagas em 2020.
A Atempa e Simpa acompanharam e deram apoio contra o fechamento da escola que, há 65 anos, forma jovens na cidade e os preparam para o ensino superior. Inclusive, alguns ex-alunos compareceram e falaram o quão importante foi a Emilio Meyer em suas vidas e os permitiram, hoje, estudar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por exemplo, demonstrando a qualidade do ensino dessa instituição.
Os alunos e alunas produziram cartazes com frases em defesa da EM, como “Somos todos Emílio Meyer”, “Não fechem o Emílio”, “65 anos aplicando educação e sabedoria” e “Emilianos na Luta”. Além disso, também tiveram espaço para falar sobre seus sentimentos em relação à perspectiva de não ter mais à escola no próximo ano e do que mais gostam nela. Um aluno, inclusive, declamou uma poesia sobre a importância da educação na sociedade e do prejuízo que é a perda de qualquer escola. “Isso é algo que nunca poderia ser cogitado. Nós não podíamos fechar escolas, somente abri-las” – acredita uma estudante.
Na última segunda-feira, 27/05, a Câmara de Vereadores fez uma homenagem pelo aniversário da EMEB Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha – que também completou 65 anos. Na ocasião, além da homenagem, foi reforçada a importância da manutenção das vagas para o cursos técnico e médio da escola para a comunidade do bairro Sarandi e arredores, assim como a escola da Medianeira.
Professores e direção da Emílio também estiveram presentes na Câmara para defender a instituição, que há mais de seis décadas faz um trabalho social e para a cidade. “Essa seria uma grande perda, especialmente para o que está acontecendo no momento [na educação], então a gente pede o apoio de todos porque acreditamos na educação, principalmente na educação pública, gratuita e inclusiva, que é um direito de todos os trabalhadores gaúchos, brasileiros e de todos os lugares do mundo” – afirma a diretora da escola, Déliamaris Fraga Acunha.